domingo, 27 de maio de 2012

OBJETIVOS DO MILÊNIO



Em 2000, a ONU – Organização das Nações Unidas, ao analisar os maiores problemas mundiais, estabeleceu 8 Objetivos do Milênio – ODM, que no Brasil são chamados de 8 Jeitos de Mudar o Mundo – que devem ser atingidos por todos os países até 2015.

Juntos nós podemos mudar a nossa rua, a nossa comunidade, a nossa cidade, o nosso país.

A REDE BRASIL VOLUNTÁRIO, que congrega centros de voluntariado de todo o Brasil, consciente da importância desse projeto, criou este site para estimular debates e propiciar o conhecimento e o engajamento de todos os interessados em participar de ações, campanhas e projetos de voluntariado que colaborem com os ODM.

Aqui você encontra exemplos de como muitos já estão contribuindo para que o Brasil alcance esses objetivos. Para mais informações sobre os 8 Jeitos de Mudar o Mundo, entre em contato com o PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento pelos sites www.pnud.org.br ou www.portalodm.com.br .

1. ACABAR COM A FOME E A MISÉRIA

BRASIL: Já foi cumprido o objetivo de reduzir pela metade o número de pessoas vivendo em extrema pobreza até 2015: de 25,6% da população em 1990 para 4,8% em 2008.
Mesmo assim, 8,9 milhões de brasileiros ainda tinham renda domiciliar inferior a US$ 1,25 por dia até 2008. Para se ter uma idéia do que isso representa em relação ao crescimento populacional do país, em 2008, o número de pessoas vivendo em extrema pobreza era quase um quinto do observado em 1990 e pouco mais do que um terço do valor de 1995.
Reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população com renda inferior a um dólar por dia e a proporção da população que sofre de fome.

SUGESTÕES DE AÇÕES:

Procurar informações sobre direitos e deveres dos cidadãos, para divulgá-los na comunidade e fiscalizar os órgãos competentes.

Atuar como capacitador voluntário, promovendo orientação profissional para os pequenos negócios do bairro.

Elaborar e distribuir material orientando sobre o que é uma boa alimentação.

Organizar e promover atividades de educação alimentar, visando o aproveitamento integral dos alimentos.

Aproveitar ao máximo os alimentos, cuidando de sua correta conservação, usando receitas alternativas e promovendo o não desperdício.

Fazer um Mural da Cidadania em escolas e locais públicos. Pesquisar e divulgar ofertas de trabalho, cursos de capacitação profissional e geração de renda e serviços à comunidade (saúde, documentos, previdência, bolsa-família, etc).

Formar um grupo de mães de alunos que ensinem o melhor aproveitamento dos alimentos, para evitar desperdícios.

Monitorar a merenda escolar e comunicar qualquer irregularidade ao Conselho de Alimentação Escolar, ao Ministério Público ou ao Ministério da Educação pelo telefone gratuito 0800 61 6161.

Buscar parcerias que ajudem a enriquecer a alimentação oferecida por escolas e organizações sociais.

Fazer uma horta caseira e incentivar os vizinhos e as escolas do bairro a fazerem o mesmo.

Sensibilizar supermercados, restaurantes e quitandas para o não desperdício, informando-os sobre locais para onde podem ser encaminhados os alimentos excedentes.

Valorizar o desenvolvimento local, comprando e promovendo o uso de produtos do comércio solidário.

2. EDUCAÇÃO BÁSICA DE QUALIDADE PARA TODOS

BRASIL: Os dados do 4º Relatório Nacional de Acompanhamento dos ODM são de 2008: 94,9% das crianças e jovens entre 7 e 14 anos estão matriculados no ensino fundamental.
Nas cidades, o percentual chega a 95,1%. O objetivo de universalizar o ensino básico de meninas e meninos foi praticamente alcançado, mas as taxas de frequência ainda são mais baixas entre os mais pobres e as crianças das regiões norte e nordeste. Outro desafio é com relação à qualidade do ensino recebida.
Garantir que, até 2015, todas as crianças, de ambos os sexos, tenham recebido educação de qualidade e concluído o ensino básico.

SUGESTÕES DE AÇÕES:

Falar com os diretores das escolas e se oferecer como voluntário, pois com certeza saberão aproveitar sua disponibilidade.

Identificar os alunos que estão faltando muito às aulas e incentivá-los a voltar a freqüentar a escola.

Mostrar que atividades recreativas e esportivas também são educativas. Disciplina, respeito e cooperação podem ser reforçados nesses momentos.

Organizar ou participar de campanhas de doação de livros e de materiais didáticos para instituições e bibliotecas.

Fazer e manter uma biblioteca alegre e acolhedora, e mostrar que a leitura é um prazer.

Acolher e respeitar os alunos especiais, além de denunciar professores e escolas que não promovam a inclusão dos portadores de deficiências.

Identificar crianças fora da escola e encaminhá-las para o ensino, além de denunciar o fato ao Conselho Tutelar da cidade.

Fazer o acompanhamento de uma criança incentivando-a e monitorando seu desempenho.

Participar do Conselho Escolar e acompanhar o desempenho da escola.

Organizar aulas de reforço escolar para estudantes com dificuldades de aprendizagem.

Fazer um levantamento dos analfabetos em seu bairro e incentivá-los a freqüentar um curso de alfabetização.

Incentivar a criação e o trabalho voluntário em creches para crianças de 0 a 4 anos.

  3  . IGUALDADE ENTRE SEXOS E VALORIZAÇÃO DA MULHER

    BRASIL: As mulheres já estudam mais que os homens, mas ainda têm menos chances de emprego, recebem menos do que homens trabalhando nas mesmas funções e ocupam os piores postos. Em 1998, 52,8% das brasileiras eram consideradas economicamente ativas, comparadas a 82% dos homens. Em 2008, essas proporções eram de 57,6% e 80,5%. A participação nas esferas de decisão ainda é pequena. Em 2010, elas ficaram com 13,6% dos assentos no Senado, 8,7% na Câmara dos Deputados e 11,6% no total das Assembleias Legislativas.

Eliminar a disparidade entre os sexos no ensino em todos os níveis de ensino, no mais tardar até 2015.

SUGESTÕES DE AÇÕES:

Visitar a câmara municipal, entrevistar as vereadoras e conhecer suas propostas para ajudar as mulheres de sua cidade.

Divulgar que existem, nas grandes cidades, centros de atendimento para mulheres, onde elas podem denunciar a violência e ter um acompanhamento físico e psicológico.

Identificar e divulgar novas oportunidades de trabalho para mulheres.

Incentivar ações que estimulem as mulheres a buscar alternativas de geração de renda.

Educar filhos e filhas para que eles realizem, com igualdade, o trabalho do dia a dia em casa.

Não reproduzir expressões como “isso é coisa de mulher”, que sejam contra a dignidade da mulher ou que a coloquem em situação de inferioridade.

Denunciar casos de violência, abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes pelo telefone gratuito 0800 99 0500 ou procurar o Conselho Tutelar da cidade. Nos casos de agressão física e de violência sexual contra mulheres, ligar para o telefone gratuito do Disque Denúncia da Polícia Civil 0800 84 29 99 (RN).

Não empregar crianças, para não prejudicar seu desenvolvimento ou comprometer sua infância, e denunciar os casos conhecidos de trabalho infantil para a Delegacia Regional do Trabalho.

Não valorizar e não comprar produtos que explorem o corpo da mulher em sua comercialização, exigindo o cumprimento da regulamentação publicitária e fortalecendo o senso critico da sociedade.

Atuar em atividades em prol da melhoria da auto-estima das mulheres, promovendo a valorização e o respeito em todas as fases do seu ciclo de vida (infância, adolescência, gravidez, maternidade, velhice).

Encorajar as jovens para que busquem seu desenvolvimento socioeconômico, por meio da educação e do trabalho.

Incentivar adolescentes mães a retomarem seu projeto de vida, combatendo qualquer situação que dificulte seu acesso às escolas públicas.

4. REDUZIR A MORTALIDADE INFANTIL

    BRASIL: A mortalidade de crianças com menos de um ano foi de 47,1 óbitos por mil nascimentos, em 1990, para 19 em 2008. Até 2015, a meta é reduzir esse número para 17,9 óbitos por mil. A expectativa é de que esse objetivo seja cumprido ainda antes do prazo, mas a desigualdade ainda é grande: crianças pobres têm mais do que o dobro de chance de morrer do que as ricas, e as nascidas de mães negras e indígenas têm maior taxa de mortalidade. Por região, o Nordeste apresentou a maior queda nas mortes de zero a cinco anos.

Reduzir em dois terços, até 2015, a mortalidade de crianças menores de 5 anos.

SUGESTÕES DE AÇÕES:

Fazer campanhas para mostrar:

    * Como as vacinas protegem o bebê;
    * Como a higiene pode evitar algumas doenças;
    * Nutrição adequada para o bebê;
·         Importância do aleitamento materno.

5. MELHORAR A SAÚDE DAS GESTANTES

BRASIL: Foi registrada uma redução na mortalidade materna, desde 1990, de praticamente 50%. A Razão de Mortalidade Materna (RMM) corrigida para 1990 era de 140 óbitos por 100 mil nascidos, enquanto em 2007 declinou para 75 óbitos. O relatório explica que a melhora na investigação dos óbitos de mulheres em idade fértil (10 a 49 anos de idade), que permite maior registro dos óbitos maternos, possivelmente contribuiu para a estabilidade da RMM observada nos últimos anos da série.

Reduzir em três quartos, até 2015, a taxa de mortalidade materna. Deter o crescimento da mortalidade por câncer de mama e de colo de útero.

 SUGESTÕES DE AÇÕES:

Fazer campanhas sobre:
-Planejamento familiar.
-Prevenção do câncer de mama e de colo de útero.
-Gravidez de risco.
-A importância do exame pré-natal.
-Nutrição da mãe e aleitamento materno.

Não se automedicar e não receitar remédios para gestantes.

Propiciar um ambiente agradável, afetivo e pacífico às gestantes em casa, no trabalho, no dia a dia, dando prioridade a elas, cedendo a vez em filas, auxiliando-as em seu deslocamento e no carregamento de pacotes.

Presentear uma grávida em situação de desvantagem social com um enxoval para seu bebê.

Acompanhar uma gestante, garantindo a realização do pré-natal, oferecendo transporte para as consultas e facilitando a aquisição de medicamentos, quando necessário.

Divulgar informações sobre saúde para gestantes e articular palestras em Postos de Saúde, Centros Comunitários e instituições como a Pastoral da Criança.

Participar de iniciativas comunitárias voltadas para a melhoria da saúde materna e o atendimento à gestante (pré-natal e pós-parto).

Incentivar o debate entre a universidade, a escola e a comunidade.

Reunir mulheres grávidas para troca de experiências.

Incentivar a educação para gestantes.

6. COMBATER A AIDS, A MALÁRIA E OUTRAS DOENÇAS

    BRASIL: O Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a proporcionar acesso universal e gratuito para o tratamento de HIV/AIDS na rede de saúde pública. Quase 200 mil pessoas recebem tratamento com antirretrovirais financiados pelo governo. A sólida parceria com a sociedade civil tem sido fundamental para a resposta à epidemia no país.

De acordo com o UNAIDS, a prevalência de HIV no Brasil é de 0,5%, com cerca de 600 mil pessoas infectadas.
Até 2015, ter detido a propagação do HIV/Aids e garantido o acesso universal ao tratamento. Deter a incidência da malária, da tuberculose e eliminar a hanseníase.

SUGESTÕES DE AÇÕES:

Fazer visitas domiciliares para mostrar os locais que podem favorecer a dengue, principalmente no verão, época de epidemias de dengue.

Incentivar a população a participar das campanhas de vacinação.

Fazer campanhas de informação, mobilização e prevenção à Aids e de outras doenças epidêmicas.

Divulgar informações sobre todas as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), na comunidade. Orientar sobre sintomas e busca de tratamento médico.

Fazer levantamento sobre os serviços disponíveis – remédios, postos de saúde, centros de atendimento.

Cuidar de nossa higiene, e incentivar e orientar que outros façam o mesmo.

Usar preservativo, exigir sangue testado e não compartilhar seringas e agulhas, prevenindo-se do HIV.

Procurar um posto de saúde ao identificar manchas avermelhadas ou esbranquiçadas, dormentes na pele. Hanseníase tem cura.

Doar sangue periodicamente aos hemocentros e estimular que outras pessoas o façam.

Não deixar acumular água em plantas, vasos, calhas, pneus, vidros e outros recipientes, evitando que surjam focos do mosquito transmissor da dengue em casa, na rua, no bairro.

Encaminhar as pessoas com febre e tosse persistentes ao serviço de saúde, além de orientar os portadores de tuberculose para que façam o tratamento completo – mesmo que não apresentem mais os sintomas da doença.

Sensibilizar familiares e amigos a não estimularem o consumo de bebida alcoólica por crianças e adolescentes, contribuindo para prevenir o alcoolismo e suas conseqüências.

Identificar, na família e na comunidade, pessoas que fazem uso abusivo de álcool, encaminhando-as aos serviços de saúde para tratamento médico e apoio psicossocial.

Incentivar o debate entre a universidade, as escolas e a comunidade para atingir mais amplamente esse objetivo.

7. QUALIDADE DE VIDA E RESPEITO AO MEIO AMBIENTE

BRASIL: O país reduziu o índice de desmatamento, o consumo de gases que provocam o buraco na camada de ozônio e aumentou sua eficiência energética com o maior uso de fontes renováveis de energia. Acesso à água potável deve ser universalizado, mas a meta de melhorar condições de moradia e saneamento básico ainda depende dos investimentos a serem realizados e das prioridades adotadas pelo país. O ODM 7 é considerado por muitos como um dos mais complexos para o país, principalmente na questão de acesso aos serviços de saneamento básico em regiões remotas e nas zonas rurais.

Promover o desenvolvimento sustentável, reduzir a perda de diversidade biológica e reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população sem acesso a água potável e esgotamento sanitário.

SUGESTÕES DE AÇÕES:

Fazer campanhas de uso racional de água e energia.

Plantar árvores nas ruas é muito importante, porém é preciso pedir licença à prefeitura e aos moradores.

Implementar a coleta seletiva nas escolas, no condomínio ou no bairro e divulgar o benefício de produtos biodegradáveis ou recicláveis.

Realizar mutirões de limpeza e rearborização de praças, rios e lagos.

Contribuir com a limpeza da cidade, praticando ações simples como não acumular lixo em casa, ruas, terrenos, praias, rios e mares. Não jogar lixo pela janela.

Não fumar em ambientes públicos fechados.

Utilizar a água que sobrou da chaleira, do cozimento de ovos e da lavagem de vegetais para aguar plantas. Armazenar água da chuva, em recipientes fechados, para lavar carros e calçadas, economizando água – recurso natural limitado – nas ações cotidianas.

Diminuir o uso de energia elétrica entre 6 e 9 horas da noite. Desligar aparelhos que não estão sendo usados, economizando e evitando a falta de energia elétrica.

Economizar papel. Imprimir apenas documentos importantes e procurar usar os dois lados da folha. O verso de uma folha pode ser usado como rascunho, bloco de recados ou para os desenhos das crianças.

Participar de ações de preservação e defesa de mangues, rios e mares.

Participar de projetos sociais para construção de cisternas e casas com esgotamento sanitário para famílias de baixa renda, em áreas urbanas ou rurais.

Incentivar o uso de sacolas reutilizáveis para compras.

Incentivar o uso de produtos feitos com material reciclado.

8. TODO MUNDO TRABALHANDO PELO DESENVOLVIMENTO

BRASIL: O Brasil foi o principal articulador da criação do G-20 nas negociações de liberalização de comércio da Rodada de Doha da Organização Mundial de Comércio.

Também se destaca no esforço para universalizar o acesso a medicamentos para a Aids.

O país é pró-ativo e inovador na promoção de parcerias globais usando a cooperação sul-sul como veículo.
Avançar no desenvolvimento de um sistema comercial e financeiro não discriminatório. Tratar globalmente o problema da dívida dos países em desenvolvimento. Formular e executar estratégias que ofereçam aos jovens um trabalho digno e produtivo. Tornar acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em especial de informação e de comunicações.

SUGESTÕES DE AÇÕES:

Escolher temas de interesse comum e promover encontros entre escola e comunidade e organizações sociais – é fundamental continuar aprendendo coisas novas sempre.

Organizar o grêmio da escola que pode desenvolver vários cursos como inclusão digital e geração de renda.

Divulgar o que já está sendo feito pela comunidade, no jornal da escola, do condomínio ou do bairro– nada melhor do que compartilhar experiências.

Convidar amigos, vizinhos, empresas e instituições a participarem. Enquanto o seu grupo faz uma ação, muitos outros também estão fazendo a sua parte. O sucesso de um projeto de voluntariado depende das pessoas envolvidas e das parcerias realizadas.

Não votar em candidatos que ofereçam, em troca de votos, favores como emprego, dinheiro, cestas básicas, consultas médicas etc.

Fiscalizar a atuação dos políticos, exigindo que eles cumpram as promessas de campanha.

Exercer o dever de cidadão, participando ativamente do planejamento da cidade – por meio do Orçamento Participativo, do Plano Diretor ou dos Conselhos Municipais.

Participar de discussões e projetos em prol dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), incentivando o engajamento de outras pessoas, organizações e empresas.

Formar parcerias com setor público, empresas, associações e conselhos, a fim de resolver os problemas mais relevantes do bairro.

Sensibilizar o Conselho de Bairro para que reivindique o acesso a medicamentos seguros e a preços acessíveis.

Sensibilizar o Conselho de Bairro para que reivindique o acesso à Internet e a outros meios de comunicação, além de se disponibilizar para projetos de inclusão digital voltados para jovens em situação de desvantagem social.

Promover ações voluntárias na comunidade, contribuindo para o desenvolvimento urbano e para o alcance dos Objetivos do Milênio.

Mais detalhes aqui: http://www.objetivosdomilenio.org.br

segunda-feira, 21 de maio de 2012

PARAOLIMPÍADAS 2012

De 29 de agosto a 09 de setembro de 2012 na cidade de Londres acontecerá a 14ª edição dos jogos Paraolímpicos. E dessa vez, com maior participação: 165 países, 19 a mais que a última edição em Pequim 2008, participarão dos jogos. Da mesma forma, o número de atletas também cresceu em quase 10%, com a participação de aproximadamente 4.200 competidores.
.Em 12 anos, desde a primeira edição dos Jogos, a competição contou com 400 atletas de 23 países em oito modalidades, em Roma, Itália. A partir de 1960, as Paralimpíadas passaram a acontecer a cada quatro anos, com crescimento do número de participantes e aumento do nível técnico. Desde Seul 1988 os Jogos Paralímpicos começaram a ser realizados nas mesmas cidades e locais das Olimpíadas, uma tendência que continuará pelo menos até 2020.
Dezesseis países irão estrear nos Jogos de Londres: Antígua e Barbuda, Brunei, Camarões, Comores, Djibuti, República Democrática do Congo, Gâmbia, Guiné-Bissau, Libéria, Malawi, Moçambique, Coréia do Norte, San Marino, Ilhas Salomão, Trinidad e Tobago e Ilhas Virgens dos Estados Unidos.
Até o momento, o País tem 135 vagas em 18 modalidades. As mulheres terão peso na participação brasileira em Londres. Já são 56 e o número deve aumentar ainda mais. O Vôlei Sentado Feminino fará sua estreia na competição e o Basquete em Cadeira de Rodas terá representação apenas feminina. Outra equipe formada por mulheres é a do Goalball, prata nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara 2011. Também estreante, Elaine Cunha, será a primeira mulher a representar o Brasil na Vela.
Os atletas paraolímpicos participarão de 15 modalidades: Atletismo,

* Atletismo * Basquetebol * Bocha * Ciclismo * Esgrima * Futebol de 5 * Futebol de 7 * Goalball
* Hipismo * Judô * Levantamento de peso * Natação * Remo * Rugby * Tênis * Tênis de mesa
* Tiro * Tiro com Arco * Vela * Voleibol





















sábado, 5 de maio de 2012

O SILÊNCIO


O Silêncio

Nós os índios, conhecemos o silêncio. Não temos medo dele.
Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles
nos transmitiram esse conhecimento.
"Observa, escuta, e logo atua", nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver.
Observa os animais para ver como cuidam se seus filhotes.
Observa os anciões para ver como se comportam.
Observa o homem branco para ver o que querem.
Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos,
e então aprenderás.
Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.
Com vocês, brancos, é o contrário. Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em suas festas, todos tratam de falar.
No trabalho estão sempre tendo reuniões
nas quais todos interrompem a todos,
e todos falam cinco, dez, cem vezes.
E chamam isso de "resolver um problema".
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.
Precisam preencher o espaço com sons.
Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.
Vocês gostam de discutir.
Nem sequer permitem que o outro termine uma frase.
Sempre interrompem.
Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.
Se começas a falar, eu não vou te interromper.
Te escutarei.
Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo.
Mas não vou interromper-te.
Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste,
mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.
Terás dito o que preciso saber.
Não há mais nada a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.
Deveríamos pensar nas suas palavras como se fossem sementes.
Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando,
e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas.
Muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio.



"Neither Wolf nor Dog. On Forgotten Roads with an Indian Elder" - Kent Nerburn