quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Guerra é o que nosso povo mais conhece. As guerras de Palmares, a guerra de Canudos, as guerras das favelas, as guerras do dia-a-dia. As armas não eram suficientes para combater o inimigo e as baixas sempre foram enormes. Mas hoje é diferente; não é satisfatório, mas é diferente. Estamos combatendo com armas mais poderosas que antes, e de diversos calibres: Respeito, Auto-estima, Consciência, Inteligência. E essa guerra não vai terminar tão cedo, talvez nem termine (Thaíde – músico rapper, 2000)
“Freqüência”
O som que nos irmana
o som que nos aquece
o som que nos reveste
de coragem pra vencer
tambor tão bom teu som
tam-tam batuque atã o teu doce poema
é toque é canto e dança
é lança é luta é gol
é vinda de Cabinda
do Golfo de Benin
é chuva de esperança
o sono no capim
a noite palpitando
mil sóis dentro de mim
(CUTI, Batuque de tocaia, 1982:38)
20 Novembro
“Dançando negro”
Quando eu danço
atabaques excitados,
o meu corpo se esvaindo
em desejos de espaço
a minha pele negra
dominando o cosmo
envolvendo o infinito, o som
criando outros êxtases...
Não sou festa para os teus olhos
de branco diante de um show!
Quando eu danço há infusão dos elementos
sou razão.
O meu corpo não é objeto
sou revolução
Semog
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