sexta-feira, 30 de maio de 2008

CRIANÇAS MUITO ESPECIAIS

Desde a década de 70, pedagogos, psicólogos e outros estudiosos da vida infantil começaram a perceber características especiais, bastante diferentes e intrigantes em algumas crianças. Entre essas características, destacavam-se comportamentos como rebeldia, agitação e dificuldade em prestar atenção. E tal fenômeno foi registrado em diferentes países, em diferentes comunidades ao mesmo tempo, ou seja, em vários pontos do planeta essas características eram comuns a diversas crianças.
Como era de se esperar, psicólogos, pedagogos e estudiosos em geral ocuparam-se em pesquisar tais características e porque se tratava de crianças rebeldes, atrevidas, que fitam nos olhos e fazem exatamente o que bem entendem, crianças que não se submetem, sob hipótese alguma a quaisquer orientações, especialmente se impostas, .concluíram, em princípio, que essas crianças eram portadoras de Transtorno do Déficit de atenção (TDA) e/ou Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
O diagnóstico de TODA e TDAH conferido a essas crianças fez com que laboratórios tentassem sintetizar substâncias químicas, que atuando no sistema nervoso central e na rede de neurocomunicações, as tornassem dóceis e afáveis.
Surgiram, então, vários produtos e entre eles tornou-se célebre, a “RITALINA”, que também foi chamada de “DROGA DA OBEDIÊNCIA”. A criança que é submetida a esse tratamento, muda realmente de comportamento. Não se torna dócil, torna-se obediente. Não se torna afável, faz-se submissa.
Cada vez mais o assunto crescia, então, os estudiosos começaram a observar que essas crianças TDA, TDAH,
Investigadores tiveram a ocasião de observar que são crianças irrequietas, mas não necessariamente portadoras de patologias. Então entenderam que existem as crianças TDA, as crianças TDAH e existem, outras crianças com aquelas características, mas não patológicas, não doentes. São crianças rebeldes, mas não são doentes. Necessitam de uma nova orientação psicológica, e uma nova metodologia educacional.
Em Maio/99, Lee Carroll e Jan Tober, ambos escritores e palestrantes norte-americanos sobre auto-ajuda, publicaram o livro “The Indigo Children” (As Crianças Índigo), nele narrando suas observações sobre essas crianças. Antes deles, foi Nancy Ann Tape, uma sua conhecida, parapsicóloga, também americana, quem primeiro (desde 1980) cunhou a expressão “crianças índigo”, com base na cor por ela observada na aura de crianças que de alguma forma se destacavam das demais. Possuem uma aura, uma irradiação em uma tonalidade muito especial, em um azul forte, na tonalidade índigo. Essa tonalidade advém de uma planta da índia, que passou a dar a cor dos blue jeans e de outros tecidos.
Nancy escreveu um livro narrando suas observações: Understandig Your Life Through Color – Entendendo sua vida através da cor. A partir daí, tais crianças também passaram a ser denominadas de “Crianças da Luz”, “Crianças do Milênio”, “Crianças Estrela”, “Meninos Índigo”.
A estrutura cerebral das crianças índigo é diferente. Como possuem o hemisférios esquerdo, menos desenvolvido, e direito, mais desenvolvido, vão além do plano intelectual e brilham no que diz respeito ao plano comportamental. Elas nos ajudarão a mudar dois paradigmas da humanidade:
1. Elas nos ajudarão a tornar a sociedade mais autêntica, transparente, verdadeira, com maior confiança nos inter-relacionamentos, diminuindo o distanciamento entre o PENSAR e o AGIR. Hoje, na nossa sociedade, freqüentemente pensamos de uma forma e agimos de outra. Essas crianças vão nos induzir a diminuir este distanciamento.
2. Elas também nos ajudarão diminuir o egoísmo, a Inveja, as exclusões, através da mudança de foco do EU para o PRÓXIMO. Restabelecendo a autenticidade e confiança da humanidade, passamos respeitar e considerar mais o PRÓXIMO do que a nós mesmos. E o resultado será maior solidariedade e partilha.
Questionarão e transformarão as entidades rígidas que as circundam. Começando pela Família, com suas imposição de regras, sua falta de tempo de dedicação, sua falta de autenticidade e de explicações, falta de informação, de escolha e de negociação.
A criança precisa de opções, relações verdadeiras e muita negociação. Não adianta tentar enganá-las porque elas têm uma "intuição" para perceber as verdadeiras intenções e não têm medo. Portanto, intimidá-las não traz resultado, porque elas sempre encontrarão uma maneira de obter a verdade. Elas percebem as verdadeiras intenções e as fraquezas dos adultos.
Os Índigos também questionarão a Escola, com seu modelo de ensino imposto, sem muita interação, sem escutar e sem a participação dos estudantes, o que é incompatível com os Índigos. Desse modo, esse conflito costuma ser maior que o conflito existente com a Família, principalmente pela falta de vínculos afetivos ou amor.
Tendo uma estrutura mental diferente, as crianças índigo resolvem problemas conhecidos de uma maneira diferente, além de encontrar formas diferentes de raciocínio que abalam o modelo atual de ensino.
Desse modo através do questionamento, elas influenciarão todas as demais entidades, tais como: Mercado de Trabalho, Cidadania, Relações Interpessoais, Relações Amorosas e Instituições Espirituais, pois elas são essencialmente dirigidas pelo hemisfério direito.
Outra característica marcante destas crianças é que elas possuem um sentimento de realeza e freqüentemente agem desta forma. Mostram e falam claramente o que querem e o que precisam. Tem uma boa auto-estima, falam de seus valores abertamente e não entendem porque as outras pessoas não fazem isso também. (Temos muito a aprender com elas).


Características comuns apresentadas por uma criança índigo:

-Elas nascem, sentem-se ( e agem) como nobres;

- Acreditam merecer estar nesse mundo e se surpreendem quando as outras pessoas não pensam da mesma maneira;

- Tem dificuldades em lidar com autoridades absolutas (sem explicação ou possibilidade de questionamento);

- Recusam-se a desempenhar determinadas tarefas. Esperar em uma fila por exemplo, é algo difícil para elas.

- Frustram-se com sistemas ou tarefas que seguem rotinas rituais repetitivos em que não possam usar criatividade;

- Costumam identificar maneiras mas eficazes de fazer as coisas tanto em casa quanto na escola, o que as torna verdadeiras “destruidoras de sistemas”(não se adaptam a qualquer tipo de convenção).

Parece não se relacionar bem com pessoa alguma que não seja igual a elas. Se não encontrarem ninguém com quem possam compartilhar suas idéias e opiniões fecham-se e sentem-se incompreendidas. A escola normalmente é uma experiência difícil para elas em termos sociais.

- Não respondem a técnicas de disciplina associadas a culpa ( “espere só até a hora em que seu pai chegar e ver o que você fez”);

- Não tem vergonha ou problemas em expressar suas necessidades.

- Tem alta sensibilidade;
- Tem excessivo montante de energia;
- Distrai-se facilmente ou tem baixo poder de concentração;
- Requer emocionalmente estabilidade e segurança de adultos em volta dela;
- Resiste à autoridade se não for democraticamente orientada;
- Possui maneiras preferenciais no aprendizado, particularmente na leitura e matemática;
- Podem se tornar frustrados facilmente porque têm grandes idéias, mas uma falta de recursos ou pessoas para assistirem pode comprometer o objetivo final;
- Aprendem através do nível de explicação, resistindo à memorização mecânica ou serem simplesmente ouvintes;
- Não conseguem ficar quietas ou sentadas, a menos que estejam envolvidas em alguma coisa do seu interesse;
- São muito compassivas; têm muitos medos tais como a morte e a perda dos amados;
- Se elas experimentarem muito cedo decepção ou falha, podem desistir e desenvolver um bloqueio permanente;

Veremos agora uma pequena relação dos tipos índigo constatados:
(O texto abaixo refere-se aos tipos de índigo e foi 100% extraído do livro “Crianças Índigo” de Lee Carrol e Jan Tober Ed. Butterfly)

1-HUMANISTAS: São do tipo que trabalham com as massas. serão os médicos, advogados, vendedores, professores, executivos, e políticos, de amanhã. Hiperativos e extremamente sociáveis, conversam com todos com todos, são sempre muito simpáticos e tem opinião própria. Podem agir de maneira estranha, pois sendo hiperativos acabam às vezes batendo contra uma parede, por exemplo, por se esquecer de parar. Não conseguem brincar com um brinquedo apenas. Têm de tirar todos do armário, nem que seja só para ficar olhando para eles. São do tipo que precisa ser constantemente lembrado de seus deveres, como organizar seu quarto, pois são capazes de iniciar a limpeza, mas, ao verem um livro, sentam-se para ler, ficam completamente distraídos e se esquecem do que estavam fazendo. Aliás os humanistas são leitores vorazes .Ontem eu estava em um avião e um índigo de três anos estava fazendo barulho ao meu lado até que sua mãe lhe deu um folheto de regras de segurança de vôo para ler .Ele parou, sentou-se, abriu o folheto e começou a olhar as figuras com ar muito sério como se estivesse lendo o texto com muita atenção. Ficou ali, quieto durante uns cinco minutos .Obviamente não conseguia ler, mas parecia mesmo estar lendo; o típico índigo humanista.

2- CONCEITUAIS: Interessam-se mais por projetos do que por pessoas. Serão os engenheiros, arquitetos, designers, astronautas, pilotos e oficiais militares do futuro. São normalmente crianças de porte grande e atlético. Tendem a controlar situações e pessoas, especialmente suas mães , se forem meninos e seus pais, se forem meninas. E quando conseguem podem ter grandes problemas. Esse tipo de índigo tem propensão ao vício, especialmente as drogas durante a adolescência. Os pais precisam monitorar de perto o comportamento desse tipo de criança, especialmente quando parecem estar tentando esconder alguma coisa. Quando dizem”não quero que entrem no meu quarto” é porque há algo errado.

3-ARTISTICOS:Costumam ser mais sensíveis e mais acanhados em estatura do que os outros tipos. São muito criativos e serão provavelmente professores e artistas. Tudo oque fazem envolve criatividade. Se estudam medicina por exemplo, podem virar cirurgiões ou pesquisadores.
Quando decidem estudar teatro , tendem a se tornar excelentes atores. Entre os quatro e dez anos de idade, costumam se interessar pelos mais diferentes tipos de arte, mas por apenas cinco ou dez minutos, deixando-os de lado e para procurar outros.
Costumo aconselhar as mães desse tipo de índigo que gosta de musica a nuca comprar instrumentos para eles, mas sim alugar. Eles podem tocar cinco ou seis instrumentos diferentes, mas somente na adolescência irão se decidir e se especializarem um deles.

4- INTERDIMENSIONAIS: são fisicamente mais desenvolvidos, que os outros índigo e já aos dois anos respondem a tudo dizendo:”Eu sei e posso fazer sozinho. Deixe-me em paz”.Trarão novas filosofias e religiões ao mundo. Podem ser briguentos por causa do seu tamanho e por não se encaixarem na sociedade como os outros tipos.
Por fim gostaria de acrescentar para os pais, educadores, pessoas que de alguma forma atuam com crianças e adolescentes:

Temos muito a aprender com essas crianças, no máximo poderemos orientar como nosso mundo é... pois o resto, elas próprias nos orientarão como deveremos agir e recriar um novo mundo!

CRIANÇAS CRISTAL

Seguindo as crianças Índigo, na década de 80 começaram a chegar as Crianças Cristal, que segundo os estudiosos, vieram para completar o trabalho das Crianças Índigo, renovando e construindo uma nova terra. Estão chegando para quebrar velhos paradigmas e maneiras presas de pensar, trazendo mais liberdade e autenticidade, fazendo com que as pessoas aprendam suas reais potencialidades, seus valores.

Dicas dos estudiosos para reconhecer uma Criança Cristal:

Elas têm olhos penetrantes e fitam as pessoas nos olhos por longos períodos. Fazem isso desde bebês. Eles reconhecem as pessoas olhando dessa maneira e se o adulto fizer o mesmo e encará-lo, olhando profundamente para os seus olhos ele esboçará um sorriso, pois o contato e o reconhecimento foram feitos.
É assim que eles se comunicam. São calmos, serenos e muito apegados à mãe. Procuram sempre ajudar e são muito sensíveis ao sofrimento alheio. São sensíveis também ao ambiente em que estão, podendo não se sentir bem em certos lugares onde a energia não lhes é benéfica.
Freqüentemente os assuntos não resolvidos da família são sentidos pela criança, que será afetada negativamente por essas emoções. Não suportam o sofrimento de animais e geralmente são vegetarianas, como as Índigo.

— Segundo Lee Carroll e Jan Tober:

a. trata-se de uma nova geração de Mestres aportando no planeta para ajudarem a modificá-lo — social, educacional e espiritualmente;
b. estarão catalisando mudanças comportamentais, no sentido de que a humanidade proceda como pensa, sem mascaramentos, sempre com sólida base no que é certo, mudando o foco do individual para o coletivo, isto é, mais o próximo, menos o EU;
c. em tudo, só admitem a verdade, daí que se comportam com senso de realeza;
d. para elas auto-estima não é essencial e talvez por isso é que não aceitam autoridade absoluta, mormente aquela que não explica ou não oferta alternativas;
e. frustram-se com a rotina e por isso são incapazes de se manterem quietas (numa fila, por ex.);
f. têm sempre a melhor forma de fazer as coisas, pois extrapolam o plano intelectual;
g. por intuição não se deixam enganar jamais: intuitivamente percebem quando a verdade está ou não em tela;
h. parecem anti-sociais quando distantes de outras crianças semelhantes (em nível de consciência);
i. para elas não funcionam ameaças ou pressões vindas de alguém que lhes prometa retaliações por alguns dos seus atos, naturalmente incompreendidos...
j. trazem o propósito de ajudar às massas e por isso apresentam alguma hiperatividade , sempre positiva;
l. estão voltadas para atividades:
- humanísticas (servir às massas)
- conceituais (projetos técnicos)
- artísticas (sensibilidade maior no que fazem)
- interdimensionais (precoces no saber – implantando novas filosofias e mais
espiritualidade para o mundo);
m. operam com base no amor: sempre abertos e honestos;
n. não são perfeitas, em absoluto: eventualmente, podem apresentar irritação ou pouco poder de concentração.

Temos que prestar muita atenção a essas crianças e mudar nosso comportamento, nossa maneira de lidar com elas. Buscar aprender com elas, mas também estar prontos para orientá-las, dar todo apoio que se fizer necessário.
Tem acontecido de muitos profissionais e/ou pais considerarem tais crianças como superdotadas, que estão prontas, que sabem tudo, portanto não necessitam de orientação, de educação. É um equívoco.
As crianças Índigo e Cristal são um grande desafio para psicólogos, psicopedagogos, pais, professores, para a sociedade de uma maneira geral. Vamos enfrentar esse desafio com muita seriedade, muita responsabilidade e muita alegria porque são essas crianças que vão nos ajudar a tornar o nosso mundo muito melhor.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

POSSO ESTAR ERRADO


Recebi a mensagem abaixo da Elza Portugal e estava refletindo sobre o quanto ela é um excelente exercício, não apenas para o orgulho, mas também para o preconceito. Acredito que com bastante exercício nesta prática, será bem mais fácil reconhecer, aceitar e valorizar as diferenças.

POSSO ESTAR ERRADO

Ele carregou aquele peso inútil durante todo o dia.

Saíra de casa afobado, nervoso, e ainda por cima, havia discutido com a esposa.


Defendera uma idéia, um pensamento, com unhas e dentes, como se não conseguisse admitir, de forma alguma, que sua opinião poderia não ser a verdadeira.


Foi grosseiro, teimoso e impaciente.


Voltava agora para casa, e ao sintonizar a rádio no carro, ouviu a frase: Posso estar errado.Era um professor dizendo o quanto sua vida se tornou diferente, quando passou a considerar esta opção, perante os alunos.
Dizia que passaram a respeitá-lo mais do que antes, quando pretendia ser sempre o dono da verdade.Afirmava que até mesmo os conteúdos, sendo passados de uma forma mais humilde, menos impositiva, eram melhor absorvidos pela classe.
Ele resumia sua teoria dizendo: Admitir falhas é o melhor caminho.


Será que costumamos fazer este exercício? Considerar, nesta ou naquela situação ou discussão, que podemos estar errados? Ou ainda insistimos em achar que o nosso ponto de vista é sempre o mais correto?


Parece que, ao acharmos que estamos com a razão, acreditamos que a nossa opinião é mais importante do que a dos demais, e que tem de prevalecer.


Não percebemos, mas isso é manifestação do vício do orgulho, em uma de suas muitas formas de atuação.


Um exercício interessante é tentar, a cada momento, considerar a simples hipótese de que podemos estar errados, e fazer um esforço para enxergar as coisas por outro ângulo.


Podemos experimentar ser mais flexíveis e abertos e lembrarmos que algumas vezes podemos não estar com a razão.


Tal forma de agir nos ajuda a tomar decisões mais acertadas e, conseqüentemente, duradouras, pois elas não terão sido fruto de uma reação automática de nossa personalidade.


Ao nos desapegarmos da necessidade de estarmos sempre com a razão, transformamos nossas vidas numa experiência bem mais prazerosa.


Afinal, por que temos que estar sempre certos? Não parece um peso desnecessário que carregamos nos ombros?Buscar acertar sempre é saudável, nos faz crescer.


Porém, querer ser sempre o dono da verdade, é desperdício de energia. Além de ser uma pretensão muito grande.


O caminho para a verdade está em conhecer todos os ângulos possíveis de visão sobre algo, e isso só é possível ouvindo os outros, considerando as experiências alheias na construção de nosso conhecimento.


Quanto mais humildes, mais ouvimos. Quanto mais orgulhosos, mais queremos ser ouvidos.


Dale Carnegie, autor do best seller Como fazer amigos e influenciar pessoas, afirma que você nunca terá aborrecimentos admitindo que pode estar errado. Isto evitará discussões e fará com que o outro companheiro se torne tão inteligente, e tão claro e tão sensato como foi você. Fará com que ele também queira admitir que pode estar errado.A inflexibilidade de uma opinião gera quase sempre aversão.


Um gesto de humildade sempre inspira outro.



Redação do Momento Espírita com base em matéria da Revista Prana Yoga Journal, de março de 2008, ed. Brmidia e em trecho extraído do livro Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Carnegie, ed. Ibep